O governo irlandês lançou nesta quarta-feira uma investigação independente sobre as acusações de que o presidente do Comitê Olímpico do país vendeu de forma ilegal ingressos do Rio-2016, estendendo as investigações aos Jogos de Londres-2012 e Sochi-2014.

Carroll Moran, ex-juiz da Suprema Corte da Irlanda, foi nomeado para liderar o inquérito, que deve ser concluído em 12 semanas, anunciou o ministro dos Esportes, Shane Ross.

Presidente do Comitê Olímpico irlandês e membro do COI, Patrick Hickey, de 71 anos, foi detido no dia 17 de agosto em um hotel do Rio, e permanece no presídio de Bangu 10.

De acordo com a Polícia Civil do Rio, o esquema gerou lucro de “ao menos dez milhões de reais”.

Em uma batida, foram encontrados 781 ingressos, revendidos a preços muito superiores ao valor inicial.

A polícia também apreendeu os passaportes, telefones celulares e laptops de outros três membros da delegação irlandesa na Vila dos Atletas, Kevin Kilty, Dermot Henihan e Stephen Martin.

O escândalo estourou no dia 5 de agosto, dia da cerimônia de abertura, quando foram presos o irlandês Kevin James Mallon e dez brasileiros que estavam vendendo ingressos comprados com cartões de crédito pirateados.

Mallon é dirigente da empresa THG Sports, que foi autorizada a fazer revenda de ingressos de Londres-2012 de Sochi-2014, mas não do Rio-2016. Ele também está preso em Bangu 10.

A polícia do Rio também emitiu ordem de prisão contra Marcus Evans, dono do time de futebol inglês Ipswich Town, também dirigente da THG.

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