O Iraque investiga informações divulgadas na imprensa sobre torturas, execuções sumárias e estupros por parte das forças especiais durante a batalha para tomar Mossul do grupo Estado Islâmico (EI), afirmou nesta quinta-feira o ministério do Interior.

O semanário alemão Der Spiegel publicou nesta semana uma reportagem em que um fotógrafo iraquiano afirma, apoiando-se em fotos, que membros da Força de Intervenção Rápida (FIR) “torturaram, estupraram e mataram” pessoas em Mossul baseando-se em “vagas suspeitas” de que tinham vínculos com o grupo EI.

A FIR, subordinada ao ministério do Interior, é uma das duas unidades de elite particularmente ativas na frente de Mossul, junto com o Serviço de Contraterrorismo (CTS).

As autoridades “fazem uma investigação cujos detalhes serão comunicados quando tiver terminado”, afirmou à AFP o porta-voz do ministério do Interior, o general Saad Maan.

No artigo da Der Spiegel, intitulado “Heróis não, e sim monstros”, o fotógrafo iraquiano Ali Arkadi assegura que havia um “tipo de competição” entre a polícia e a FIR em relação a estupros e assassinatos.

Baseando-se em imagens do fotógrafo, a rede americana ABC News também noticiou que a FIR teria cometido torturas e execuções.