O governo do Irã aprovou nesta quarta-feira mudanças nos contratos de poços de petróleo oferecidos a investidores do Ocidente destinados a torná-los mais atraentes, afirmou uma porta-voz do ministério do Petróleo local.

As mudanças, no entanto, não foram reveladas. Os novos contratos vêm sendo há muito esperados por companhias que têm histórico no país, como a francesa Total, a italiana Eni e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell.

A porta-voz também afirmou que os termos dos novos negócios ainda precisam ser aprovados por um comitê do Parlamento encarregado de reconciliar a nova legislação com a velha.

Os contratos estão no centro de uma disputa entre o presidente Hassan Rouhani, um político tido como moderado dentro do país, e os conservadores de linha dura, que se opõem à influência estrangeira no país. O Irã tem trabalhado na revisão dos contratos antes mesmo da retirada das sanções nucleares do Ocidente.

Rouhani propôs novos contratos com duração mínima de 20 anos e que permitiriam a companhias estrangeiras recuperar os investimentos. As mudanças devem resolver preocupações existentes antes da entrada das sanções. Essas mudanças contrariam as alas conservadoras do governo.

O Irão elevou sua produção em mais de 800 mil barris por dia desde dezembro, mas o país precisa atrair US$ 130 bilhões em investimentos se quiser chegar à meta de elevar sua capacidade de produção para 5,7 milhões de barris por dia no final de 2020. Fonte: Dow Jones Newswires.