Os investimentos na economia brasileira recuaram 2,6% na passagem de setembro para outubro, segundo o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Esse é o quarto resultado negativo consecutivo, o que deixa um carregamento estatístico negativo de 4,8% para o quarto trimestre do ano, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Caso o indicador mantenha estabilidade nos meses de novembro e dezembro, ainda assim os investimentos encerrariam o último trimestre de 2016 com retração de 4,8% sobre o trimestre anterior. Na comparação com outubro de 2015, a FBCF encolheu 13,6%. A taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 13,0%.

Os dois principais componentes da FBCF apresentaram desempenho ruim em outubro. O consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – estimativa dos investimentos em máquinas e equipamentos, que corresponde à produção industrial doméstica mais as importações, excluindo as exportações – apresentou recuo de 1,5% ante setembro. Já o indicador de construção civil encolheu 3,9%, a quarta taxa negativa em cinco meses.

Contra o mesmo mês do ano anterior, os dois componentes apresentaram forte retração em outubro: o consumo aparente de máquinas e equipamentos caiu 15,4%; e a construção civil diminuiu 13,5%.

Dentro do Came, a produção doméstica de bens de capital recuou 2,8% em outubro ante setembro, mas a queda foi amenizada pelo comportamento do volume de importações de bens de capital no mesmo período. Após três quedas consecutivas, o indicador de importações avançou 6,3% na passagem de setembro para outubro. As exportações cresceram 1,2% na mesma comparação.

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