As forças de segurança palestinas e um pequeno grupo islamita radical se enfrentavam neste sábado, pelo terceiro dia seguido, no maior campo de refugiados palestinos do Líbano, relatou um jornalista da AFP.

Duas pessoas morreram na quinta-feira nestes confrontos quando o grupo, vinculado a Bilal Badr, militante que é procurado, abriu fogo contra uma sede da força conjunta de segurança no campo de Ain Helué, segundo uma fonte palestina.

Os combates perderam intensidade na sexta, mas neste sábado a violência voltou a aumentar. Os barulhos das armas automáticas e dos morteiros eram ouvidos de fora do campo, constatou o correspondente da AFP.

Dezenas de famílias fugiram do campo e algumas se refugiaram nos pátios externos das mesquitas da cidade de Sídon.

Em virtude de um antigo acordo, o Exército libanês não entra nos 12 campos palestinos, onde a segurança fica a cargo de facções palestinas.

A força conjunta de segurança, que reúne as principais facções palestinas, incluindo o Al-Fatah e o Hamas, tenta há meses limitar a influência do grupo de Badr, suspeito de “terrorismo” e de pertencer a um grupo armado, segundo um responsável de segurança libanês.

Ain Helué, onde vivem 61.000 palestinos, 6.000 saídos da Síria, abriga diferentes grupos armados e costuma ser cenário de confrontos entre as principais organizações e pequenos grupos extremistas que se instalaram lá ao longo dos anos.