O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) no México subiu 0,78% em novembro ante outubro e teve crescimento de 3,31% na comparação anual, informou o Instituto Nacional de Estatísticas do país. A inflação ao consumidor acelerou para seu ritmo mais forte em dois anos, afetada pelos preços mais altos dos alimentos e pelo enfraquecimento da moeda, que afeta os preços dos importados. Em outubro, a inflação anual estava em 3,06%.

O núcleo do CPI, que exclui alimentos frescos e energia, subiu 0,22% em novembro ante outubro e teve alta de 3,29% nos 12 meses até novembro.

O custo da eletricidade contribuiu para boa parte da inflação de novembro, já que os subsídios da época de verão terminaram nas cidades do norte mexicano. Os preços dos alimentos, por sua vez, tiveram crescimento de mais de 5% no ano em novembro, bem como os custos com saúde.

A desvalorização do peso mexicano ante o dólar, que encarece os produtos importados, também impulsionou a inflação. O núcleo dos preços dos produtos, mais afetado pelo câmbio, teve alta anual de 3,91% em novembro.

O risco da inflação e o peso desvalorizado levaram o Banco do México a elevar os juros quatro vezes neste ano, o que levou a taxa básica de juros de 3,25% no fim de 2015 para 5,25%. A perspectiva de que o peso mais fraco afete os preços e de que a gasolina esteja mais cara levou as expectativas dos economias de inflação para 2017 para cerca de 4% – a meta desejada pelo BC mexicano fica entre 2% e 4%. Muitos analistas acreditam que a banda pode ser superada. O BC mexicano prevê que a inflação fique acima de 3% em 2017, mas ainda dentro da meta almejada pela instituição. Fonte: Dow Jones Newswires.

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