A Bovespa recuou 1,39% (52.411,02 pontos) nesta quinta-feira, 14, num movimento atribuído a uma realização de lucros e à adoção de uma postura um pouco mais cautelosa em relação ao cenário político. O volume de negócios somou R$ 8,84 bilhões.

As atenções do mercado continuaram voltadas ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Depois do desembarque do PMDB, partidos menores, como PP, PTB e PRB, também retiraram o apoio ao governo. Com isso, o número de votos favoráveis à saída de Dilma aumentou rapidamente no placar do impeachment realizado pelo Grupo Estado. O último levantamento mostra que o número de votos a favor do impedimento está em 338 e os votos contra estão em 127. Há ainda 18 indecisos e 30 deputados que não responderam.

No começo da tarde, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), anunciou formalmente a posição majoritária da bancada a favor do impeachment. O líder confirmou que, em votação simbólica, 90% dos 54 deputados presentes na reunião se manifestaram a favor do afastamento da presidente. Picciani é um dos poucos votos contrários na legenda.

A principal notícia do dia foi o anúncio de que a Advocacia-Geral da União entrou com cinco ações no Supremo Tribunal Federal (STF) tentando barrar o processo de impeachment. A notícia acabou por aumentar a cautela no mercado acionário, o que levou o Ibovespa a cair até 1,71% à tarde. Isso porque, se o STF receber o pedido da AGU, a votação em plenário na Câmara, prevista para domingo, seria adiada. Mesmo com a queda de hoje, o Ibovespa ainda acumula alta de 4,71% em abril e de 20,90% no ano.