Das 27 superintendências estaduais do Ministério da Agricultura, 17 são ocupados por indicações políticas, disse nesta segunda-feira, 27, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Mas nenhum dos que são de carreira assumiram seus postos sem se articular politicamente”, afirmou. “Se esse é um defeito do Ministério da Agricultura, é também da política brasileira.” Ele acrescentou que a busca de apoios políticos é necessária para todos os cargos, até “nos tribunais superiores.”

Por isso, a orientação dada nesta segunda-feira, 27, é que não ajam politicamente nas questões técnicas. “O que eu disse a eles é que as pessoas podem ter chegado com apoiamento, mas a responsabilidade é com o Ministério da Agricultura”, contou. “E que não sigam o caminho de atender pleitos políticos nas questões técnicas.”

O ministro reiterou que a pasta fará intervenção nas superintendências do Paraná e em Goiás, onde se concentram os problemas detectados pela operação Carne Fraca. Maggi explicou que vai enviar pessoas de fora dos respectivos Estados para lá, para que tenha uma visão isenta das disputas entre grupos políticos dentro da superintendência. As indicações deverão ser feitas esta semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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