O varejo tem mantido nos últimos anos um nível de perdas acima do patamar histórico, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). O estudo tem como base dados de mais de 3 mil pontos de venda coletados ao longo de 2015 e identificou que perdas com erros operacionais e furtos reduziram ante o pico de 2014, porém seguem acima do patamar da última década.

As perdas nas atividades de comercialização de bens associadas a roubos, furtos e problemas operacionais atingiram a marca de 2,25% do faturamento líquido do ano passado das empresas varejistas brasileiras, um pouco abaixo dos 2,89% de 2014. Ainda assim, o índice de perdas supera o nível entre 1,8% e 1,9% de anos anteriores.

O estudo mostra ainda que as perdas no Brasil superam as registradas em outros países. Nos Estados Unidos, o indicador é de 1,27% e no Reino Unido, 0,89%.

O segmento do varejo com maior nível de perda é o de vestuário e calçados, no qual o valor perdido chega a 5,76% da receita, sobretudo em razão de furtos.

Nos supermercados, as perdas atingem 2,26% e são provocadas sobretudo por questões operacionais, como alimentos cuja data de validade expira. Furtos e erros de inventário também afetam o setor.

O estudo analisou separadamente ainda companhias de varejo de pequeno e médio porte. Nestes casos, a perda supera a média brasileira e chega a 3,91%. A diferença neste caso é que a inadimplência é a principal causa de esses pequenos varejistas perderem receita, respondendo por 18,19% do total.

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