O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, destacou nesta segunda-feira, 17, que houve ganho para o trabalhador em matéria de salário, em 2017. “Quem se mantém no mercado ou consegue se inserir, não está perdendo nada”, disse. Segundo ele, a média salarial do primeiro semestre deste ano foi de R$ 1.463, o que representa uma alta de 3,5% em relação ao primeiro semestre de 2016 (média de R$ 1.413).

“A economia está em processo de recuperação. Agora, do ponto de vista técnico, é difícil dizer quando você entraria em rota consistente de pleno emprego”, disse o ministro, ao ser questionado a respeito de quando o País vai recuperar a situação de emprego para todos os trabalhadores.

De acordo com ele, o governo tem tomado medidas concretas no setor, com sinalizações importantes ao mercado. O ministro citou o ajuste das contas públicas, a reforma da Previdência e a liberação do FGTS como medidas importantes para a recuperação da economia e geração de vagas. “O governo passou, com a reforma trabalhista, sinal ao mercado sobre a segurança jurídica para contratar”, afirmou. “Houve ainda expansão do prazo para retirada do abono salarial. São sinalizações de que o trabalhador terá acesso a recursos”, afirmou

Sem frustração

O ministro também afirmou que o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em junho, de geração de 9.821 vagas, não frustrou o governo. “Não esperávamos números negativos”, pontuou. Os dados do Caged foram divulgados no início da tarde desta segunda-feira.

No mercado financeiro, porém, conforme o Projeções Broadcast, a mediana projetada era de geração de 21.150 vagas – bem acima do efetivamente verificado.

O coordenador de Estatísticas do Ministério, Mario Magalhães, que também participou da coletiva de imprensa, afirmou que, com a reforma trabalhista aprovada, haverá ajustes nos dados do Caged para algumas categorias. Segundo ele, a forma de inserção das informações no Caged está em estudo, mas uma definição deve ocorrer em até 90 dias.

Nogueira afirmou ainda que, no segundo semestre do ano, a expectativa é de que se mantenham os números positivos verificados na primeira metade de 2017. Segundo ele, a expectativa é de que o ano feche com saldo positivo de empregos. Ele evitou, no entanto, citar um número. “Quem está apostando que o Brasil não vai dar certo vai errar”, disse o ministro.

Preocupações

Ronaldo Nogueira disse que os números mais preocupantes do Caged são os do setor de construção civil. Em junho, de acordo com o Ministério, houve fechamento líquido de 8.963 vagas. “Acreditamos em recuperação de alguns setores, como a construção civil”, disse Nogueira. “Esperamos que a construção civil comece a apresentar números melhores”, acrescentou.