Um decano de Harvard revogou nesta sexta-feira um convite a Chelsea Manning, condenada por ter vazado arquivos de inteligência dos Estados Unidos, para ser acadêmico visitante da prestigiada universidade depois das agudas críticas que surgiram em torno de sua decisão.

Manning falará a estudantes de Harvard, mas não será considerada acadêmica visitante, informou em comunicado o decano da Kennedy School de Harvard.

“Agora vejo mais claramente que muita gente encara um título de acadêmico visitante como uma honra”, escreveu o decano Douglas Elmendorf.

“Portanto, estamos retirando o convite para que ela seja Acadêmico Visitante – com a honra que isso significa para algumas pessoas – enquanto mantemos o convite para que passe o dia na Kennedy School e fale em nosso auditório”.

O diretor da CIA, Mike Pompeo, se retirou de um fórum em Harvard e o ex-diretor interino Mike Morrell afatou-se do corpo docente desta universidade na quinta-feira para protestar pela nomeação de Manning como acadêmico visitante.

Conhecido então como Bradley Manning, foi condenado por espionagem e outras acusações em 2013 por vazar centenas de milhares de comunicações diplomáticas secretas americanas e outros documentos para o WikiLeaks.

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A condenação a 35 anos de prisão do ex-analista de inteligência foi comutada pelo presidente Barack Obama a sete anos, a partir de sua prisão em 2007. Com isso Chelsea Manning foi liberada em maio do ano passado. Quando estava na prisão, Manning fez a transição de homem para mulher.


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