A necropsia, realizada no Haiti e nos Estados Unidos, do corpo do ex-presidente haitiano René Préval, que faleceu em 3 de março, aos 74 anos, concluiu que ele teve morte natural, indicou o comissário do governo na quarta-feira em Porto Príncipe.

“Os resultados da necropsia nos permitem saber que uma doença crônica causou a morte do presidente René Préval: não há violência nem rastros de envenenamento, motivo pelo qual não há ninguém a perseguir”, disse Clamé-Ocnam Dameus, comissário do governo de Porto Príncipe, pondo fim aos rumores sobre um possível assassinato.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, Armel Demorcy, diretor do instituto médico legal, afirmou que nenhuma substância tóxica foi detectada nas análises, mas que os pulmões do ex-chefe de Estado, que era fumante, estavam em muito mal estado e que sua morte foi, portanto, devido a uma broncopneumopatia obstrutiva crônica.

A morte do homem que foi duas vezes presidente do país caribenho (1996-2001 e 2006-2011) resultou em um choque para a população já que, embora nos últimos anos de sua vida tenha mantido a discrição, foi uma figura imprescindível da política haitiana.

Até hoje continua sendo o único líder na história do Haiti que completou seus dois mandatos dentro do prazo imposto pela Constituição, sem sofrer golpes de estado ou exiliar-se.

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