CORREÇÃO
A nota enviada anteriormente contém incorreções. O jornal O Estado de S. Paulo errou ao utilizar um perfil falso do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como se fosse verdadeiro. Leia o texto corrigido:

Perfil falso de Haddad no Instagram pede ‘respeito’ ao grafite

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) publicou uma imagem nesta quarta-feira, 18, em seu Instagram, em apoio ao grafite, após o anúncio do prefeito João Doria (PSDB), que nesta semana reforçou a ordem de “tolerância zero” a pichadores e anunciou a limpeza dos murais dos Arcos do Jânio. O tucano também anunciou que vai limitar as obras expostas na Avenida 23 de Maio, na zona sul da capital paulista.

Na publicação, Haddad postou uma imagem do dia em que grafitou um Pato Donald, no Túnel José Roberto Melhem, no cruzamento da Avenida Rebouças com a Avenida Paulista. O ato ocorreu em novembro de 2014.

O ex-prefeito pediu respeito ao grafite, classificada por ele como “manifestação artística popular”. “Acreditamos em cidades que respeitam expressões próprias de sua gente, São Paulo tem uma grande e mundialmente conhecida comunidade de Artistas Urbanos, respeito para o #Grafite é respeito a manifestação artística popular!”, disse Haddad.

No sábado, 14, Doria afirmou que, apesar de reconhecer “grafiteiros e muralistas” como artistas, vai limitar as obras espalhadas pela 23 de Maio. “Os grafites serão mantidos em oito espaços já definidos previamente pela Secretaria de Cultura. Os demais, que já estão envelhecidos ou infelizmente foram mutilados por pichadores, serão pintados.”

Questionado sobre os Arcos do Jânio, o tucano afirmou que vai retirar o mural pintado no espaço. “Ali tem um projeto que vai ser feito, mas não haverá mais grafite”, disse.

Em 2015, uma pintura do artista plástico Rafael Hayashi causou polêmica e acabou alvo de pichações. Opositores acusaram a obra de homenagear o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. À época, o artista disse que queria retratar um africano – e não um político.

Doria também voltou a falar no “grafitódromo”, espaço que quer reservar para painéis e murais na cidade, mas não informou em que região vai ser instalado. Segundo o prefeito, a área terá lojas de itens licenciados para viabilizar o negócio e será inspirada em “um bairro de Miami Beach”.

Durante o ato no sábado, o prefeito pediu para os moradores de São Paulo filmarem, fotografarem e denunciarem pichadores. “Se preferirem continuar pichando a cidade, terão o rigor da lei. É tolerância zero”, disse.

Segundo a Lei de Crimes Ambientais , a pena prevista para quem pichar um monumento urbano varia de três meses a um ano, além de multa.