02/06/2017 - 10:22
Em 5 de junho de 1967 começava a “Guerra dos Seis Dias”, quando as Forças Armadas israelenses conseguiram uma grande vitória contra os exércitos do Egito, da Síria e Jordânia.
Israel assegurou a vitória quase no primeiro dia da guerra ao destruir em poucas horas quase todos os aviões de combate egípcios.
– Estopim do conflito –
Às 07h24 hora local, um flash de Tel Aviv anuncia que naquela manhã os egípcios atacaram Israel pelo sul com tanques e aviões. Minutos mais tarde, um comunicado oficial israelense fala de violentos combates e que as forças israelenses teriam contra-atacado. As sirenes soam em Tel Aviv e é lançado o alerta em outras cidades do país.
Atualmente, a maioria dos historiadores consideram que na realidade a aviação israelense iniciou os combates ao bombardear as bases aéreas egípcias.
Às 08:12h, a rádio do Cairo interrompe sua programação para anunciar: “as forças israelenses iniciaram essa manhã uma agressão contra nós. Realizaram bombardeios aéreos no Cairo e nossos aviões enfrentaram os aviões inimigos”. Começam a se ouvir explosões no Cairo, onde também soam as sirenes.
– Mobilização e estado de emergência –
Israel mobiliza seus reservistas e requisita veículos, enquanto os blindados israelenses avançam para o sul e rompem as linhas egípcias até o Sinai.
No Cairo, os aeroportos civis fecham e é declarado estado de emergência em todo o território egípcio.
Na Síria, que mobiliza a defesa civil, a Rádio Damasco interrompe bruscamente sua programação para anunciar que Israel atacou o Egito.
– Síria e Jordânia entram em guerra –
Pouco depois das 10h00, a Síria anuncia que sua aviação começou a bombardear as posições israelenses.
Ao mesmo tempo, a Jordânia impõe a lei marcial, coloca suas Forças Armadas sob comando egípcio e declara guerra a Israel à tarde. Kuwait, Sudão e Iraque entram na guerra, seguidos por Argélia e Iêmen, e finalmente pela Arábia Saudita.
Em Jerusalém começam os combates nas ruas entre os bairros jordanianos e israelenses. Logo as hostilidades se estendem para as fronteiras de Israel com a Jordânia e Síria.
Na frente jordaniana-israelense começam fortes combates já nas primeiras horas.
A aviação síria realiza vários bombardeios em Israel, especialmente contra Haifa, enquanto a aviação israelense ataca várias vezes o aeroporto de Damasco.
– O mundo comovido –
Tanto no Egito quanto em Israel, ninguém duvida da vitória. Nos países árabes, onde a maioria dos comunicados são vitoriosos, reina o entusiasmo.
Mas no resto do mundo há preocupação. O Papa Paulo VI pede que Jerusalém seja declarada “cidade aberta”. O Conselho de Segurança da ONU é convocado de emergência e o presidente norte-americano Lyndon B. Johnson pede a todos os beligerantes que ajudem a facilitar o cessar-fogo.
– Israel toma Khan Yunis –
Ao tomar o controle da localidade de Khan Yunis, na zona de Gaza, as tropas israelenses neutralizam de uma vez todas as forças egípcias e palestinas nessa área, como escreveu naquela noite o enviado especial da AFP. Israel garante dessa forma a segurança do flanco ocidental de suas tropas, que mais ao sul enfrentam a grande parte o exército egípcio.
– Aviação egípcia paralisada –
À noite, o primeiro-ministro israelense Levi Eshkol declara em um discurso no Parlamento que todos os combates se desenvolveram no território egípcio e no Sinai. Afirma que Israel provocou severas baixas na aviação egípcia, síria e jordaniana.
O desfecho da “Guerra dos Seis Dias” aconteceu no ar nesse primeiro dia. À meia-noite, Tel Aviv anuncia ter neutralizado a aviação egípcia. Cerca de 400 aviões, entre eles 300 egípcios e 50 sírios, foram destruídos no primeiro dia.