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A coleção de fotografias, desenhos e mapas sobre a Guerra do Paraguai de oito instituições brasileiras receberá em outubro o certificado do Programa Memória do Mundo da Unesco, premiação para conjuntos de documentos bibliográficos que equivale ao prêmio conhecido como Patrimônio da Humanidade. Ocorrido entre 1865 e 1870, o conflito travado entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) é considerado o mais sangrento da América Latina e deixou 300 mil paraguaios mortos.

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Muitos dos documentos reconhecidos agora como Memória do Mundo não estavam disponíveis para pesquisadores e para o público. São mapas e plantas de operações militares do Arquivo Histórico do Exército, estudos do pintor Vitor Meirelles para a obra Combate Naval do Riachuelo, do Museu Nacional de Belas Artes, e fotografias, como a do Conde D’Eu em Vila do Rosario, no Uruguai, do acervo do Museu Imperial de Petrópolis.

Da diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha saiu o desenho que ilustra o dossiê de candidatura dos documentos na Unesco. Ele mostra um soldado negro, sobre um cavalo, atravessando um rio. O desenho é de autoria do pintor italiano Eduardo de Martino, encarregado por d. Pedro II de registrar batalhas. “Ele era um correspondente de guerra. Acompanhou batalhas, desenhava o que via e documentava na forma de litografia. Esse registro é importante porque trata dos escravos que foram para a guerra. Eles ganhavam a alforria. Não lutavam em nome do País, mas para conquistar a liberdade”, disse o diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Júnior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.