Era ainda início de setembro quando a Polícia Federal deflagrou a operação Greenfield, que investiga os investimentos feitos pelos fundos de pensão no País, e junto com ela foram decretadas dezenas de prisões, entre elas a de diretores e ex-dirigentes da Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa.

De lá para cá, funcionários do fundo brincam que os ares da primavera mudaram a instituição. Conselheiros de empresas foram trocados, por terem eventual conflito de interesses. A diretriz dada a qualquer representante da Funcef em reuniões de acionistas ou de cotistas de fundos que investe é a de deixar qualquer ato que possa trazer prejuízos à fundação registrados em atas.

A missão do fundo também mudou drasticamente. Antes era “comprometido com o desenvolvimento do Brasil” e agora quer “administrar com excelência, planos de benefícios para promover segurança e qualidade de vida aos participantes”.

As mudanças estão ocorrendo na gestão do novo presidente do fundo, que assumiu o cargo poucos dias depois de deflagrada a Greenfield. Carlos Vieira foi uma indicação política, feita pelo PP, mas o dirigente tem perfil técnico e foi funcionário de carreira da Caixa desde 1982. Na política, foi secretário executivo do Ministério das Cidades e da Integração Nacional no governo Dilma.

Sobre os investimentos do fundo, Vieira diz que a meta é olhar o longo prazo e investimentos que tragam bons retornos. Não descarta participação no programa de novas concessões do governo Temer, mas também reforça que a área de compliance estará mais forte. Outra meta é pedir ressarcimento do que for apurado de eventual desvio na Operação Greenfield. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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