SÃO PAULO, 15 FEV (ANSA) – O ministério de Cultura da Grécia recusou um pedido da marca de luxo italiana Gucci para usar o antigo museu Acrópole de Atenas para um desfile de moda.   

Segundo a imprensa grega, a grife de Florença teria oferecido cerca de 2 milhões em obras de restauro, 50 milhões de direito de imagem e 30 milhões pela publicidade em troca de 900 segundos de desfile no local. No entanto, o pedido foi totalmente recusado. “Nós temos que defender a importância da Acrópole. Símbolo mundial da democracia e da liberdade”, afirmou Lydia Koniordou, ministra da Cultura.   

“O valor e o caráter do Acrópole é incompativel com um evento desse tipo. Nós não precisamos de publicidade. O simbolismo do monumento seria rebaixado, usando-o apenas como fundo para um desfile de moda”, disse Dimitris Pantermalis, diretor do museu.   

Em resposta à imprensa grega, a Gucci afirmou, em nota, que “nega firmemente as informações publicadas por alguns jornais gregos. Confirmamos que temos tido uma reunião com as autoridades gregas para explorar a possibilidade de um projeto de cooperação cultural a longo prazo. Nossa marca não é nova para este tipo de iniciativa. As especulações publicadas alegando qualquer oferta financeira, direta ou indireta, são desprovidas de qualquer fundamento”.   

Os pedidos para usar os monumentos históricos da Grécia para fins comerciais raramente são aprovados. Em 2008, a atriz e cantora Jennifer Lopez conseguiu uma autorização para realizar uma sessão fotográfica.   

Ao contrátio da Gucci, em julho de 2016, a grife italiana Fendi fez um desfile histórico em comemoração ao seu aniversário de 90 anos, em um dos monumentos mais famosos da Itália, a Fontana di Trevi, após ficar 17 meses em reforma.   

A obra foi custeada pela marca e está avaliada em 2,18 milhões de euros. (ANSA)