NOVA YORK, 26 JUL (ANSA) – O governo de Donald Trump impôs nesta quarta-feira (26) seu terceiro pacote de sanções econômicas contra venezuelanos ligados ao regime do presidente Nicolás Maduro.   

Desta vez, as restrições atingem 13 funcionários da administração chavista, que tiveram ativos congelados pelos Estados Unidos e foram proibidos de viajar ao país.   

Entre as pessoas afetadas estão o ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Néstor Reverol, e o vice-presidente de finanças da estatal petrolífera Pdvsa, Simón Zerpa Delgado.   

As sanções chegam a quatro dias da votação para uma Assembleia Constituinte convocada por Maduro e pouco mais de uma semana depois de Trump ter ameaçado adotar medidas contra Caracas caso a eleição não fosse cancelada.   

Na ocasião, o presidente dos EUA definiu seu homólogo venezuelano como um “péssimo líder que sonha em se tornar um ditador”. Nesta quarta, os EUA e outros 12 países americanos, incluindo Brasil, Argentina, Canadá, Colômbia, México e Chile, pediram a revogação da Constituinte, que a oposição diz tratar-se de uma tentativa de Maduro de expandir seu poder.   

Atualmente, a Assembleia Nacional é controlada por grupos antichavistas, e a ideia de reescrever a Carta Magna seria uma forma de o presidente se sobrepor às prerrogativas do Parlamento. Para as 13 nações que fizeram esse apelo ao mandatário, a Constituinte levaria ao “desmantelamento definitivo da institucionalidade democrática”.   

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Em protesto contra a eleição, marcada para o próximo domingo (30), a oposição iniciou nesta quarta uma greve geral de dois dias. A convocação da assembleia foi uma resposta de Maduro às manifestações pela decisão do Tribunal Supremo de Justiça de anular as prerrogativas do Parlamento, no fim de março.   

Desde então, o país vem sendo palco de protestos e confrontos diários entre manifestantes e forças de segurança, com um saldo que já chega a 100 civis mortos. (ANSA)


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