SÃO PAULO, 27 JUL (ANSA) – Com a crise entre as escolas de samba cariocas e o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, o governo federal decidiu intervir para garantir a realização do carnaval mais famoso do Brasil no ano que vem.   

Na última terça-feira (25), o presidente Michel Temer pediu para o novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, “ajudar” as escolas de samba do Rio, após Crivella, também bispo licenciado da Igreja Universal, ter anunciado um corte de 50% nas verbas repassadas às agremiações.   

Em 2017, esse valor chegou a R$ 24 milhões. Segundo o prefeito, a decisão foi motivada pela “crise orçamentária” na capital fluminense, e o dinheiro economizado será destinado às creches municipais.   

Antes da posse de Leitão, Temer havia recebido membros das escolas do grupo especial do Rio de Janeiro, que pediram apoio do governo federal. O deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), que também participou do encontro, disse que o presidente estuda direcionar até R$ 13 milhões ao carnaval carioca, mesmo que os recursos saiam da União.   

O ministro da Cultura afirmou na última quarta (26) que o objetivo inicial é buscar o dinheiro com a iniciativa privada, mas não descartou a hipótese de usar fundos públicos. “Acho importante reunir recursos da iniciativa privada, recursos incentivados em nível federal, estadual, municipal e, eventualmente, também recursos orçamentários que poderão vir de áreas correlatas, não apenas a cultura, mas o turismo também”, disse.   

Para Leitão, o carnaval possui um “alto poder de empregabilidade e de geração de renda”. (ANSA)