O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta quarta-feira, 31, que o governo respeita as regras atuais para as despesas com saúde e educação no projeto de Orçamento da União para 2017. Segundo ele, as despesas totais com saúde totalizarão R$ 120,2 bilhões, passando de R$ 112,4 bilhões em 2016 para R$ 115,5 bilhões, mais R$ 4,7 bilhões em emendas de parlamentares. Já as despesas com educação vão aumentar de R$ 75,7 bilhões para R$ 84 bilhões.

A capacidade de execução do PAC, ainda de acordo com ele, será mantida constante em 2016. Ele destacou, no entanto, que não será por meio do Orçamento que os investimentos vão movimentar a economia. Segundo ele, essa não é a diretriz, mas sim o crescimento das parcerias com o setor privado.

PIB

Dyogo Oliveira reconheceu que a queda divulgada hoje pelo IBGE de 0,6% do PIB no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano não é uma notícia que o governo gostaria de publicar. Ele reforçou, no entanto, que a equipe econômica espera uma recuperação da economia ao longo dos próximos trimestres.

“O dado de investimento já é uma boa notícia. Há perspectivas de retomada dos investimentos nos próximos trimestres, alinhadas com indicadores de melhora de confiança. A estimativa para 2017 é bastante factível em termos de recuperação da economia brasileira”, completou.

Servidores

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O ministro, fez, ainda uma enfática defesa da manutenção dos acordos de reajustes salariais negociados. Segundo ele, o governo não pode “rasgar” os contratos.

“O Estado não pode ser o primeiro a quebrar os contratos”, afirmou. Segundo ele, os servidores tiveram uma perda salarial nos últimos anos porque os reajustes ficaram abaixo da variação da inflação. “A inflação se aplica para todos”, disse. Ele enfatizou que os reajustes que foram aprovados se alinham com a inflação projetada para os próximos anos.

Oliveira pediu uma “compreensão” em relação ao reajuste dos servidores. “É compreensível que haja os questionamentos sobre os reajustes nesse momento de dificuldade. Mas o Estado não pode rasgar contratos que foram assinados e são resultado de negociações longas”, afirmou ele.

O ministro enfatizou que a opção de romper esses acordos também geraria grandes transtornos para a população.


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