O Estado do Rio de Janeiro passou a ser considerado área com recomendação permanente para vacinação contra a febre amarela. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira, 3, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Com a nova determinação, todas as pessoas que moram ou desejam viajar ao Rio deverão ser vacinadas.

Segundo dados do governo, até o momento 4,2 milhões de pessoas foram imunizadas contra a febre amarela no Rio. O número representa cerca de 1/4 da população do Estado. A intenção é que, com a nova recomendação, 90% da população seja vacinada até o final deste ano.

“A febre amarela é endêmica no Brasil em 19 Estados, e eles recebem anualmente doses da vacina para manter a cobertura vacinal da população. O Rio de Janeiro não fazia parte desses Estados, e passa agora a ser incluído”, disse Ricardo Barros. “Queremos evitar novos episódios de epidemia da febre amarela.”

O ministério da Saúde promete enviar 1,5 milhão de novas doses da vacina ao Rio ainda este mês. Até o fim do ano, haverá reforço mensal de 500 mil doses. A medida foi adotada por causa do aumento do número de casos da doença em macacos.

As novas doses da vacina começarão a ficar disponíveis a partir desta terça-feira, mas o governo do Estado quer fazer uma intensa campanha de vacinação a partir do próximo sábado. “A população tem que entender que este é o melhor período para se vacinar, já que nesta época do ano os casos diminuem”, explicou Luiz Antônio Teixeira Júnior, secretário estadual de Saúde.

Desde o início deste ano, o Rio registrou 23 casos da doença em humanos, com oito mortes. Os mais recentes têm sido na região metropolitana. No País, são 797 casos de febre amarela confirmados e 275 mortes.

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De acordo com o ministério da Saúde, os casos da doença estão estabilizados depois de um início de ano com um salto no número de notificações. “Houve de fato uma negligência da vigilância do Estado de Minas Gerais em comunicar os casos de macacos mortos de febre amarela (no início do ano), e quando foi identificado já estávamos quatro meses atrasados no processo de vacinação”, disse Ricardo Barros. “Se nós não controlarmos, teremos novos problemas.”


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