O governo da Venezuela denunciou que motociclistas atiraram nesta quarta-feira em militares durante um protesto em Caracas contra o presidente Nicolás Maduro, ferindo dois guardas; e responsabilizou a oposição pelo ataque.

“Grupos de motociclistas contratados pela direita terrorista atiraram em Altamira”, na estratégica autoestrada Francisco Fajardo, no leste de Caracas, ferindo dois membros da Guarda Nacional, escreveu o ministro do Interior e Justiça, general Néstor Reverol, no Twitter.

Uma manifestação que reuniu milhares de pessoas foi reprimida nesta quarta pela Guarda Nacional, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e jatos d’água em Altamira e em outros pontos da capital, para evitar que o protesto chegasse ao centro de Caracas, bastião do chavismo.

A marcha pretendia chegar à sede da Defensoria do Povo para exigir o início de um procedimento visando destituir os juízes do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que assumiram as funções do Parlamento, decisão posteriormente anulada diante da pressão internacional.

Reverol informou que os militares baleados estavam trabalhando para liberar a autoestrada quando foram atingidos.

Maduro enfrenta há um mês uma onda de protestos que exigem eleições-gerais e que provocaram violentos confrontos entre as forças de segurança e manifestantes, que já deixaram 28 mortos e centenas de feridos e detidos.