25/08/2016 - 22:27
O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, anunciou hoje (25) a criação de um indicador anual sobre o número de homicídios. O novo indicador vai agrupar ocorrências que não foram registradas inicialmente em boletim de ocorrência (B.O.) como homicídio e que só foram reclassificadas depois. Muita vezes, essa reclassificação ocorre depois que o número mensal já foi divulgado e os casos acabam ficando fora das estatísticas oficiais, o que causa distorções no número de homicídios apresentados pela secretaria.
“Amanhã será publicada uma resolução estabelecendo uma nova forma de registro, um novo indicador, e a obrigatoriedade da publicação de um número consolidado de homicídios no ano. Pela resolução, no mês de março, nós vamos publicar o número de homicídios que foram cometidos no estado já consideradas as reclassificações das ocorrências, já consideradas todas as formas de alteração dos registros anteriores”, explicou o secretário.
Barbosa Filho também apresentou dois novos indicadores mensais: lesão corporal seguida de morte e estupro de vulnerável. “Às vezes, uma situação de morte suspeita é reclassificada como lesão corporal seguida de morte e não havia uma forma de contabilizar aquele delito”, disse.
“Sem prejuízo do indicador de estupro, nós teremos um indicador do estupro de vulnerável. Isso porque sabemos que o maior número de crimes de estupro ocorrem em relação aos vulneráveis. É mais um dado estatístico que possibilita estudos em relação a esse crime tão grave”, acrescentou o secretário.
Bicicletas
Outra resolução está sendo elaborada pela Secretaria de Segurança Pública do estado em relação a roubo e furto de bicicletas. O secretário explicou que a ideia é que os proprietários das bicicletas anotem o número de registro que existe em cada uma, como se fosse o chassi de um carro, que poderá ser informado na hora de registrar o boletim de ocorrência (B.O.).
O número entrará no sistema de monitoramento de crimes do estado, o Detecta, o que ajudará na identificação de uma bicicleta roubada ou furtada em abordagens realizadas por patrulheiros. “Se ele fizer uma abordagem de alguém, se ele for consultar o número do ‘chassi’ daquela bicicleta, ele vai poder verificar se aquela bicicleta é lícita ou não, se é produto de um furto ou de um roubo e apreender a bicicleta”, disse.