O governo argentino reconheceu nesta quinta-feira a perda de 52.516 postos de trabalho no setor privado nos primeiros cinco meses de 2016, principalmente nos setores da construção e da indústria, em um relatório do ministério do trabalho.

A construção apresenta as piores estatísticas, já que os 31.063 postos perdidos no setor representam mais da metade do total das quedas no mercado formal.

A indústria é outro setor em que o desemprego cresce, com 22.481 postos nos primeiros cinco meses do ano.

Houve melhoras nos setores de ensino (aumento de 4.893 empregos), de serviços sociais e saúde (4.117) e de comércio (3.922).

O último crescimento, de acordo com os relatórios do Sistema Integrado Previsional Argentino (SIPA), ocorreu em outubro de 2015, com 6.259.895 postos formais (1.174 a mais do que em setembro).

Além do período do ano (maio é o mês mais crítico em relação à queda do emprego privado), os dados comparados afirmam que o número atual é o mais baixo no último um ano e meio.

O presidente Mauricio Macri vetou em maio uma lei anti-demissões aprovada pela oposição no Congresso com apoio sindical, que previa a suspensão das demissões por 180 dias e a dupla indenização, por considerá-la uma medida “anti-emprego” em um momento de estagnação econômica.

Este veto fez que no dia 29 de maio as centrais sindicais argentinas concretizassem a maior mobilização do governo Macri.

Os sindicatos estimam em mais de 200.000 o número de desempregados no primeiro semestre deste ano.

Quase a metade dos argentinos que tem trabalho teme perdê-lo, segundo uma pesquisa da consultoria privada Analogías, divulgada em maio.