07/06/2017 - 12:14
Brasília, 7/6 – O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 7, que o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 terá R$ 190,25 bilhões em crédito rural. O valor é um pouco maior que os R$ 188 bilhões anunciados pelo banner no evento de apresentação, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e, segundo auxiliares do presidente Michel Temer, foi mudado entre a terça e esta quarta com a inclusão de R$ 550 milhões para subsídios ao Programa do Seguro Rural, valor que ainda não está garantido e só deve ser ratificado no Orçamento de 2018, bem com o R$ 1,4 bilhão extra para a comercialização.
O valor é ainda 2,84% maior do que os R$ 185 bilhões liberados na safra 2016/17 pelo presidente Michel Temer, mas menor que os R$ 202,8 bilhões anunciados em maio do ano passado, pela ex-presidente Dilma Rousseff, ainda no fim de seu mandato. Quando assumiu, Temer reduziu, sem muito alarde, os volumes para atual período.
O plano prevê que operações de custeio e comercialização terão R$ 150,25 bilhões em recursos com R$ 116,25 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 34 bilhões com juros livres. Recursos para investimento saíram de R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15 bilhões.
O custeio tem limite de R$ 1,5 milhão para o médio produtor e R$ 3 milhões para grandes produtores. O prazo de pagamento caiu de 24 para 14 meses para os produtores de grãos.
Os juros para Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com R$ 1,6 bilhão em recursos, e para programa de inovação, com R$ 1,26 bilhão, são de 6,5% ao ano. Os juros de custeio caíram de 8,5% e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5% ao ano.
Os juros para Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural serão de 7,5% ao ano, com R$ 21,7 bi em recursos, alta de 12% sobre 2016/2017. Do total, os médios produtores rurais terão à disposição R$ 18 bilhões em custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.
O Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) passa a contar com R$ 9,2 bilhões. No período anterior, os recursos iniciais foram de R$ 5 bilhões, mas superaram R$ 9,5 bilhões com aportes feitos desde o ano passado. A compra de máquinas e implementos agrícolas terá o limite de financiamento de 90% do valor financiado, com prazo de pagamento de sete anos.
O governo espera que financiamentos tendo como fonte a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) devem alcançar R$ 27,3 bilhões.