O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, disse hoje (25) que a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, será desativada “em breve”. Segundo ele, o fechamento dependerá da conclusão da construção das prisões de Ceará-Mirim, Afonso-Bezerra e Mossoró. As três unidades, juntas, terão capacidade de receber 2.200 presos, o que reduziria, mas não eliminaria, o déficit de vagas no sistema prisional potiguar.

Alcaçuz foi palco de uma rebelião que teve início no dia 14 de janeiro. Os presos passaram a controlar o interior da unidade e o confronto entre detentos de facções rivais deixou ao menos 26 mortos. As medidas, segundo o governo, resolverão o problema a “médio e longo prazo”, sem especificar quando Alcaçuz será desativada. O governo tenta, aos poucos, retomar o controle do presídio. Uma das ações planejadas é a construção de um muro para separar as duas facções.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, o muro definitivo deverá ficar pronto em pouco mais de 15 dias. As placas pré-moldadas já foram encomendadas e, segundo o fabricante, devem ser entregues em cerca de dez dias. A instalação deve demorar mais dois ou três dias, se não houver nenhum impedimento. Enquanto o muro não é erguido, contêineres fazem a separação dos grupos rivais.

Medidas emergenciais

Antes de ser desativada, a penitenciária receberá uma cerca posicionada a 50 metros do muro para evitar que sejam jogadas armas e drogas, dentre outros objetos, para dentro do presídio. Além disso, um sistema de iluminação será instalado para reforçar a segurança da área externa do local. O governo também anunciou a construção de 50 módulos habitáveis para alocar os detentos. Cada unidade terá capacidade para 20 presos, totalizando 1.000 vagas. A medida se dá em caráter emergencial, uma vez que as portas das celas do presídio foram destruídas.

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Os números mais recentes divulgados pelo governo do estado sobre Alcaçuz dão conta de 56 fugitivos, 4 recapturados, 26 mortos e 10 feridos.


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