O diretor de gestão articulada e projetos educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Leandro Damy, atribui a culpa das paralisações a problemas “burocráticos” e às construtoras que não conseguem executar as obras previstas. “Pela situação de crise, elas (construtoras) se lançam em várias licitações e, muitas vezes, ganham em muitos lugares. Mas não conseguem manter tantas equipes”, diz.

Ele afirmou que a prioridade é retomar as obras inacabadas, que já consumiram recursos públicos. “Estamos tentando encontrar uma solução jurídica e pactuar novamente com os municípios”, afirmou. Sobre as creches de metodologia inovadora, o diretor relatou que, de 3,6 mil obras pactuadas à época, cerca de 3 mil já tiveram o contrato reformulado para uma metodologia convencional.

O secretário de fiscalização de infraestrutura urbana do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Martinello Lima, disse ao Estado que o órgão já tem uma auditoria que acompanha as obras de creches do Proinfância, mas de maneira amostral. Já foram feitos três trabalhos, em 2013, 2014 e no fim de 2016 – atualizado neste ano. Um dos problemas identificados foi a construção de parte das creches por um pequeno grupo. “Tinha empresa pegando obras até em outro Estado. Não tiveram capacidade.”

Já o secretário de controle externo da Educação do TCU, Ismar Barboza Cruz, destacou que as auditorias apontaram melhorias. “Às vezes, o sistema aponta que as obras estão em um estágio e, quando visitamos, estão em outro.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.