O porta-voz do governo francês, Christophe Castaner, anunciou nesta segunda-feira (25) que o Executivo proibirá, até o fim do mandato atual, em 2022, todos os usos do glifosato, inclusive agrícola.

“O primeiro-ministro [Edouard Philippe] decidiu que este produto será proibido na França – assim como todos os que se pareçam com ele e que ameaçam a saúde dos franceses – para quando terminar o quinquênio”, declarou Castaner a um canal de televisão.

Essa proibição também englobará o uso agrícola desse poderoso pesticida, confirmou o porta-voz, garantindo que vai-se procurar “encontrar produtos de substituição”.

O governo francês pediu aos Ministérios da Agricultura e da Transição Ecológica um plano para deixar de usar esse pesticida na agricultura “antes do fim do ano”.

A fumigação com glifosato de espaços abertos ao público está proibida na França desde 1° de janeiro de 2017. Agora, os particulares também deverão deixar de usá-lo a partir de 1º de janeiro de 2019.

A França também se opõe à proposta da Comissão Europeia de autorizar o glifosato na União Europeia durante dez anos. Paris considera que esse intervalo é muito longo, “dada a incerteza que subsiste sobre esse produto”, de acordo com um comunicado.

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O ministro francês da Agricultura, Stéphane Travert, propõe um período de entre cinco e sete anos.

Em julho, a Comissão Europeia propôs renovar a licença do glifosato que expira em 2017. A decisão deve ser tomada pelos 28 membros do bloco. Em 2016, não chegaram a um acordo, motivo pelo qual a Comissão optou, excepcionalmente, por prorrogar a autorização por 18 meses, até o fim do ano. A expectativa é que surjam novos estudos das agências europeias.


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