Roberto Cláudio disputa o segundo turno em Fortaleza

Roberto Cláudio disputa o segundo turno em FortalezaDivulgação/Assessoria de Roberto Cláudio

O atual prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição, Roberto Cláudio (PDT), chega ao segundo turno mantendo a estratégia de continuidade dos programas implantados na primeira gestão, mas consciente de áreas que precisam de mais investimentos. É o caso da saúde e da segurança pública.

Em entrevista à Agência Brasil, o candidato fala sobre como pretende aperfeiçoar essas duas áreas e sobre as perspectivas para um eventual segundo mandato. No primeiro turno, Cláudio obteve 40,81% dos votos válidos. O deputado estadual Wagner Sousa Gomes, o Capitão Wagner (PR), conquistou 31,15%.

Agência Brasil: Na sua campanha, a gente vê que existe muito uma tendência de dar continuidade aos projetos que já foram implantados: mais Areninhas [urbanização de campos de esportes em praças], mais escolas de tempo integral. No entanto, o senhor faz alguma autocrítica da sua primeira gestão, de alguma área que ficou menos atendida?

Roberto Cláudio: Claro. A área em que eu mais investi e é uma das duas áreas mais reconhecidas pela população onde houve avanços, que é a saúde, é também a área em que falta mais avançar. Na saúde, fizemos muita coisa: duplicamos o PSF [Programa de Saúde da Família], contratamos 360 médicos, abrimos cinco UPAs [unidades de Pronto-Atendimento], aumentamos 250 leitos, abrimos uma policlínica, mas, feito tudo isso, ainda persistem alguns problemas, como distribuição de medicamentos, filas de exames e consultas e assistência hospitalar. Por isso que a gente está propondo para um segundo governo ações nessas três específicas áreas de saúde. Também a violência é um tema hoje presente na cidade. Não que a prefeitura vá, de forma ilusória, prometer de forma subjetiva e árida segurança apenas. A gente tem que dizer o que a prefeitura pode legalmente fazer, o que está no escopo nosso de responsabilidades e o que podemos inovar nessa área. Então essas duas áreas eu diria que vão receber uma atenção muito específica neste segundo turno.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Agência Brasil: No campo da segurança pública, o fato de o senhor ter escolhido o Moroni Torgan [deputado federal pelo DEM] para ser seu vice agrega informações e uma imagem também?

Cláudio: Sem dúvidas. O Moroni foi secretário de segurança pública, presidiu o Conselho Nacional de Secretários, virou um líder do estado pelo papel que teve muito competente e eficaz à frente desse órgão. Se tornou uma liderança política estadual muito graças à sua luta nesse setor. É um especialista, policial, delegado federal bem formado, bem informado, com grande experiência no setor. E, mais do que isso, um conhecedor da periferia da cidade de Fortaleza. Tudo isso dá ao Moroni uma relevância num eventual segundo mandato e, certamente, um grande protagonismo na gestão. Moroni será um vice muito atuante, nos ajudará, nos aconselhará, trabalhará muito fortemente na condução de forma intersetorial das ações que dizem respeito à violência em Fortaleza.

Agência Brasil: Trinta e um dos 43 vereadores que foram eleitos são de partidos da sua coligação. Como o senhor avalia essa composição e como ela vai influenciar na sua capacidade de governar, caso o senhor seja reeleito?

Cláudio: A governabilidade e as relações políticas harmoniosas entre o Executivo e o Legislativo são fundamentais para que o Executivo possa realizar obras, ter capacidade de inovar com novos projetos e possa começar e terminar ações. Eu só pude fazer um governo que termine os quatro anos com maior investimento público real da história de Fortaleza graças a uma harmoniosa e produtiva relação com a Câmara. Além disso, eu vim do Parlamento. Então, muitas vezes, me coloco no papel do vereador e sei que o que ele mais precisa é do Executivo que responda aos problemas das suas comunidades. Então, estabeleci relações pessoais com cada um deles [vereadores]. Isso me ajuda a entender melhor a cidade, a entender as prioridades do bairro e, ao mesmo tempo, fortalece o papel de representação do vereador. Isso ajuda o Executivo e acaba ajudando o Legislativo quando existe uma harmonia verdadeira em torno dos interesses da cidade.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias