O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou nesta terça-feira que o Brasil terá uma mínima expansão econômica de 0,2% em 2017 e crescerá 1,7% no ano seguinte, enquanto o país ainda luta para superar a pior recessão de sua história.

A estimativa para 2017 foi mantida sem alteração em relação a janeiro, enquanto que a 2018, que era de 1,5%, foi um pouco melhor.

Em março, o governo brasileiro reduziu em 0,5% sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 1% anterior, mas subiu sua estimativa para 2018: 2,5%.

“O ritmo de contração diminuiu, mas o investimento e o produto ainda não atingiram seu pior nível no final de 2016, enquanto que em alguns estados a crise fiscal continua se aprofundando”, explicou o fundo em um comunicado.

O Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu 3,6% em 2016, depois de ter retrocedido 3,8% em 2015. Tratam-se dos piores resultados desde o início da série histórica em 1948, com uma perda de 7,2% em dois anos. Entre 1929 e 1933, durante a Grande Depressão, a contração foi de 5,3%.

“As perspectivas macroeconômicas do Brasil estão dependendo da implementação de ambiciosas reformas estruturais de caráter econômico e fiscal”, apontou o FMI.

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De acordo com o organismo, essas medidas servirão não só para “restabelecer e melhorar o nível de vida após a profunda recessão, como também para facilitar a consolidação fiscal”.

Com os preços em queda, o Banco Central do Brasil iniciou em outubro do ano passado um ciclo de cortes da taxa básica de juros, de 14,25% para 11,25%.

O FMI afirma em seu relatório que a desaceleração da inflação “continua surpreendendo” e “acentua as perspectivas de aceleração da expansão monetária”.

Mas o país continua em uma zona de turbulência política, uma má notícia para o programa de ajustes.


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