O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quarta-feira, que vai criar uma nova forma de assistência a governos em crise, mas sem conceder empréstimos.

Em vez de emprestar dinheiro, o novo instrumento vai endossar reformas econômicas empreendidas pelos governos a fim de conseguirem financiamento de outras fontes, oficiais ou privadas.

Com o aval do FMI, os governos poderiam ter acesso a recursos de bancos ou dos mercados, disse a entidade em um comunicado.

O novo mecanismo foi chamado de Instrumento de Coordenação Política (Policy Coordination Instrument, em inglês) e todo país que não estiver em dívida com o FMI poderá usá-lo.

Em vez de oferecer créditos condicionados a um programa de reformas econômicas e financeiras, o FMI vai levar em conta as políticas gerais do país que solicitar essa nova forma de assistência.

Contudo, o órgão destacou que “as políticas necessárias para que esse instrumento devem se ajustar ao mesmo nível requerido para os empréstimos regulares do FMI”.

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Missões do FMI fazem revisões periódicas, geralmente semestrais, nos países assistidos, mas, com o novo mecanismo, o programa de supervisão poderia ser mais flexível, bem como sua duração.

Na semana passada, o FMI aplicou uma ferramenta inusual na Grécia, aprovando um empréstimo, mas retendo o dinheiro até que o país receba um alívio significativo da dívida com os sócios da zona do euro.

Mesmo que não sejam rigorosamente iguais, o efeito dos mecanismos é similar: permitir que a Grécia volte ao mercados, ofereça bônus da dívida por 3,5 bilhões de dólares e remova obstáculos de suas negociações com a zona do euro.


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