A Federação das Indústrias do Rio (Firjan) reforçou sua posição de que a saída para a crise fiscal “não passa por mais aumento de impostos, mas na adequação dos gastos públicos ao novo cenário econômico e na urgência da aprovação da reforma da Previdência”. A área econômica do governo anunciou mais cedo nesta quinta-feira, 20, o aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre os combustíveis para tentar arrecadar R$ 10,4 bilhões a mais neste ano.

Em nota, a Firjan destaca que o País precisa de reformas, e não de mais impostos. “Além de um teto para os gastos, o Brasil necessita de um teto para os impostos”, diz a nota.

Para a entidade empresarial fluminense, a história dos tributos PIS/Cofins não deixa dúvidas quanto a isso. “Criadas para financiar o regime de previdência e assistência social no Brasil, as duas contribuições arrecadavam R$ 107 bilhões no ano 2000, mais de quatro vezes o déficit da seguridade social à época (R$ 26 bilhões). Hoje, o déficit da seguridade social (R$ 259 bilhões) é muito superior à arrecadação destas contribuições (R$ 165 bilhões), apesar do PIS/Cofins ter sofrido um aumento de 54% acima da inflação no período”, acrescenta na nota.

A Firjan defende que o momento atual não é de onerar o custo do transporte e da produção para as indústrias. A entidade aponta que no Brasil e no Estado do Rio será registrado um novo recorde de fechamento de empresas em 2017.

“No primeiro semestre foram fechadas 8.151 empresas no Estado do Rio, quase 40% acima do registrado no mesmo período em 2016. Na prática, isso significa que novos aumentos de impostos podem resultar em queda, e não em aumento da arrecadação, simplesmente porque o próprio fisco está expulsando os contribuintes da base de arrecadação tributária”, completou o comunicado.

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