A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai iniciar estudos clínicos da fase 2 da vacina brasileira para esquistossomose. Chamada Sm14, ela foi produzida a partir da proteína de mesmo nome, sintetizada a partir do verme causador da doença.

É a primeira vez que uma vacina parasitária feita com tecnologia brasileira chega a esta fase. O projeto foi iniciado em 1975, quando foi criado o Laboratório de Esquistossomose Experimental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Nesta etapa, a vacina será testada em 350 adultos voluntários que moram no Senegal, região com alta prevalência da esquistossomose. A segurança do produto e sua capacidade de induzir a imunidade dos vacinados serão avaliados. Ao longo de três anos de testes, haverá também imunização de crianças.

A esquistossomose é uma doença que acomete principalmente as camadas pobres e afeta 200 milhões de pessoas no mundo, em especial, na África. É endêmica em 70 países. No Brasil, 19 Estados apresentam casos.

A doença está relacionada à precariedade no saneamento, porque os parasitas são eliminados nas fezes, depositadas em rios quando não há esgotamento.

A pesquisa é financiada pelo IOC, pela Fiocruz, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela empresa brasileira Orygen Biotecnologia SA. A OMS considera os estudos uma prioridade, por causa de seu potencial para conter a esquistossomose nos países mais pobres.

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