A Fifa confirmou nesta quarta-feira que abriu uma ação disciplinar contra a Juventus depois de investigar a venda do meio-campista francês Paul Pogba ao Manchester United, fechada em agosto de 2016 pelo atual campeão italiano.

A entidade também explicou que “nenhum processo disciplinar foi aberto contra o Manchester United” pelo acordo, que teria custado 105 milhões de euros (aproximadamente R$ 389 milhões na cotação atual), valor estimado como recorde para uma transação no futebol mundial.

As acusações contra a Juventus não foram especificadas pela Fifa, mas provavelmente se relacionam com a participação de terceiros nos direitos econômicos de jogadores, algo que hoje é proibido.

O agente da Pogba, Mino Raiola, teria sido pago por ambos os clubes e também em nome de seu cliente, tendo recebido até 50 milhões de euros (R$ 185 milhões) pelo negócio. Em maio de 2015, entrou em vigor a proibição da Fifa de que investidores tenham propriedade ou parte dos direitos dos jogadores.

O caso é potencialmente embaraçoso para o presidente da Juventus, Andrea Agnelli, agora membro do Comitê Executivo da Uefa, que contribuiu para a Fifa adotar a proibição de propriedade de terceiros. Agora, o dirigente pode ver o seu clube receber uma punição da entidade máxima do futebol mundial.