O ex-ministro Antonio Palocci foi indiciado nesta segunda-feira pela Polícia Federal por corrupção passiva, como parte da investigação da 35ª fase da Operação Lava Jato.

A Polícia Federal anexou no sistema da Justiça Federal o oficio no qual comunica o indiciamento ao juiz Sérgio Moro e ao Ministério Público Federal.

Palocci, 56 anos, foi detido no dia 26 de setembro por coordenar a arrecadação de propinas pagas pela construtora Odebrecht entre 2008 e 2013, segundo planilhas apreendidas pelos investigadores.

De acordo com os investigadores, a Odebrecht entregou 128 milhões de reais em troca de vantagens junto ao governo federal, como interferência em licitações da Petrobras e medidas que lhe deram benefícios fiscais.

Parte deste valor foi destinado ao PT, que recebeu o dinheiro principalmente na forma de doações eleitorais.

“Antonio Palocci, a partir do que foi possível apurar em esfera policial, foi o verdadeiro gestor de pagamentos de propina realizados pela Odebrecht e materializados nas planilhas (…). Muito embora tenha deixado de exercer função pública a partir da metade de 2011, continuou, em virtude dos cargos que exerceu e da posição de destaque dentro do Partido dos Trabalhadores, a gerir e a receber recurso de propina da Odebrecht, assim como a interferir em seu benefício”, destaca o indiciamento.

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O Ministério Público deverá decidir agora se acolhe o indiciamento e denuncia Palocci ao juiz Sergio Moro, encarregado em Curitiba dos processos da Operação Lava Jato.

Palocci é identificado nas planilhas encontradas pela Polícia Federal como “italiano”, e os agentes acreditam que o “amigo”, citado nos mesmos documentos, seja o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.


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