A investigação do FBI sobre os vínculos entre a equipe da campanha de Donald Trump e a Rússia aponta para um alto funcionário atualmente na Casa Branca, “próximo” ao presidente americano, revela nesta sexta-feira o jornal Washington Post.

O nome deste funcionário não foi divulgado pelo jornal, mas o FBI o considera uma testemunha importante, segundo a matéria.

Já se sabia que ex-conselheiros de Trump estavam na mira dos investigadores, fundamentalmente o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn e o ex-diretor de campanha Paul Manafort.

O presidente republicano voltou a negar, na quinta-feira, qualquer colusão com a Rússia na campanha eleitoral.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou nesta sexta-feira que a investigação – entregue desde a quarta-feira ao procurador independente Robert Mueller – confirmará a versão de Trump.

O New York Times revelou ainda, nesta sexta-feira, que em 10 de maio Trump chamou de “louco” o ex-diretor do FBI James Comey, durante uma reunião com o chanceler russo, Sergei Lavrov, no Salão Oval da Casa Branca.

“Acabo de demitir o chefe do FBI, estava louco, completamente maluco”, disse Trump ao diplomata russo, segundo uma transcrição oficial sobre o encontro redigida pela Casa Branca.

“Estive sob forte pressão por causa da Rússia, mas já diminuiu”, revelou Trump, em uma declaração que contradiz as afirmações da Casa Branca de que a saída de Comey nada teve a ver com a questão.

Sean Spicer explicou nesta sexta-feira que Comey representava para Donald Trump um obstáculo ao progresso dos vínculos com a Rússia.