São Paulo, 11 – A exportação brasileira de café em março alcançou 2,708 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de 12,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado (3,103 milhões de sacas). A receita cambial atingiu US$ 473,4 milhões, representando elevação de 4,5% na mesma base de comparação (US$ 452,978 milhões em 2016). Os números fazem parte de levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta terça-feira, 11. Já o preço médio da saca foi de US$ 174,85, um aumento de 19,8% em relação a março de 2016 (US$ 146,00).

O presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, informa em comunicado que, apesar do resultado da exportação ter sido menor em março de 2017 do que o mesmo mês do ano passado, “tivemos uma receita cambial superior”. Além disso, continuou ele, o balanço de março, ainda que razoável, foi mais positivo do que indicavam as projeções para o período. “Podemos destacar ainda o café solúvel que apresentou boa performance, com crescimento de 4%, na comparação com março de 2016 “, relatou.

Conforme o Cecafé, o primeiro trimestre do ano civil de 2017 também acompanhou o movimento de baixa, com o total de exportações declinando 10,6% na comparação com os três primeiros meses de 2016, em decorrência da queda do embarque de conilon (robusta). Foram exportadas no total 7,911 milhões de sacas ante 8,85 milhões de sacas em 2016. A receita cambial no período foi positiva, com crescimento de 6,8%, somando US$ 1,39 bilhão, em comparação com US$ 1,30 bilhão no ano passado. O preço médio da saca foi de US$ 175,77, alta de 19,4% em relação a 2016 (US$ 147,17 a saca).

Segundo o Cecafé, os cafés verdes alcançaram, em março, um total de 2.363.384 sacas, das quais 2.342.758 de arábica e 20.626 de robusta. O total do café industrializado ficou em 344.223 sacas, um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo mês em 2016, sendo 343.278 sacas de café solúvel e 945 sacas de café torrado e moído.

No total do primeiro trimestre de 2017, os Estados Unidos recuperaram a primeira posição como o país que mais recebeu café exportado do Brasil, representando 19,4% dos embarques no período (1.532.845 sacas). A Alemanha aparece na sequência, com volume bem próximo, 19,3%, (1.524.447 sacas). Itália, Japão e Bélgica também têm destaque no ranking, com 9,8% (772.823 sacas); 6,6% (524.110 sacas) e 6,5% (517.480 sacas), respectivamente.

As exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) totalizaram 1.120.937 sacas no acumulado de janeiro a março e resultaram na receita cambial de US$ 236,35 milhões no período. O preço médio dos cafés diferenciados foi de US$ 210,85.

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Os Estados Unidos continuam como o país que mais recebeu cafés diferenciados do Brasil, com 19% do total de cafés com essas características (208.054 sacas). A Bélgica figura na segunda posição com 15% (162.843 sacas) e Alemanha na sequência com 14% (157.484 sacas).

No acumulado do ano, o Porto de Santos se mantém como principal via de escoamento da safra para outros países, com 87,9% de participação, sendo 6.957.118 sacas embarcadas. Os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar, com 9,2% de participação no primeiro trimestre (726.107 sacas).


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