Nove mulheres podem ter morrido de um raro tipo de câncer vinculado a implantes nos seios nos Estados Unidos, onde foram registrados mais de 350 casos dessa doença, disseram na terça-feira autoridades de saúde.

Uma possível associação entre as próteses e o Linfoma anaplástico de células grandes (ALCL) foi identificada pela primeira vez em 2011, mas na época havia poucos casos documentados.

A agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) disse que recebeu notificações de 359 casos de ALCL relacionados com implantes, incluindo nove mortes.

“Todas as informações sugerem que as mulheres com implantes mamários têm um risco muito baixo, mas aumentado de desenvolver ALCL em comparação com as mulheres que não têm implantes mamários”, afirmou a FDA em uma nota.

A agência sanitária disse que concorda com a Organização Mundial da Saúde, que designou o ALCL associado ao implante de mama “como um linfoma de células T raro que pode se desenvolver após implantes mamários”.

A maioria dos casos confirmados foram em mulheres com implantes de mama texturizados, em contraste com os de superfície lisa, disse a FDA.

A agência também apontou que esta condição rara foi identificada com mais frequência em mulheres “submetidas a operações de revisão do implante por um seroma (complicação cirúrgica que se caracteriza por um acúmulo de líquido sob a pele) persistente”.

O tipo de preenchimento do implante parece ter feito pouca diferença. Em 186 dos relatórios médicos, os implantes eram de gel de silicone, e em 126, salinos. Não havia especificação nos demais casos.

A FDA disse que ainda é difícil calcular o número exato de casos devido a limitações nos relatórios globais e nos dados de vendas de implantes.

A maioria dos casos foi tratada com a remoção da prótese, mas algumas mulheres necessitaram de quimioterapia e radiação, disse a agência.