Os Estados Unidos ordenaram nesta quinta-feira que os familiares dos funcionários americanos de sua embaixada em Caracas deixem a Venezuela, e autorizaram a saída voluntária dos integrantes da missão diplomática, devido à crise política e à violência vigente, informou o Departamento de Estado.

Em uma atualização de sua tradicional advertência de viagens, Washington informou que “ordenou a saída de familiares e autorizou a partida voluntária dos funcionários do governo na embaixada dos Estados Unidos em Caracas”.

No documento, o departamento de Estado aconselha os cidadãos a não viajarem para o país sul-americano “devido a distúrbios sociais, crimes violentos e à falta generalizada de alimentos e medicamentos”.

“A situação política e de segurança na Venezuela é imprevisível e pode mudar rapidamente”, diz a advertência, acrescentando que desde abril ocorrem protestos em diversas partes do país “frequentemente com pouco aviso prévio”.

Na mesma direção, o Canadá orientou seus cidadãos nesta quinta-feira a evitar viagens que não sejam essenciais à Venezuela.

Segundo o governo canadense, há um “significativo nível de crimes violentos, uma situação econômica e política instável e a deterioração das condições básicas de vida” na Venezuela, incluindo falta de alimentos e remédios.

As medidas de EUA e Canadá acontecem a apenas três dias da controversa eleição para formar uma Assembleia Constituinte promovida pelo governo do presidente Nicolás Maduro.

A oposição afirma que a intenção de Maduro é modificar a Constituição para poder manter-se no poder, uma queixa que contou com o apoio da Casa Branca e de vários países na região.

Na quarta-feira, o departamento do Tesouro adotou sanções contra 13 funcionários venezuelanos. O presidente Donald Trump alertou que a Casa Branca adotará “ações fortes e rápidas” contra a Venezuela se o governo de Maduro insistir com a Constituinte.