O governo americano declarou, nesta quinta-feira, que segue considerando a Frente Al-Nosra uma ameaça à segurança, mesmo após o grupo sírio anunciar sua separação da rede “terrorista” Al-Qaeda.

“Os líderes da Frente Al-Nosra seguem tendo a intenção de realizar ataques no e contra o Ocidente”, disse à imprensa o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest.

A Frente Al-Nosra anunciou o rompimento com a Al-Qaeda em um vídeo difundido pela TV Al-Jazeera do Catar, no qual aparece seu líder, Abu Mohamad al Kholani.

Al-Kholani anuncia na gravação que o grupo mudou seu nome para Jabhat Fateh al Sham (Frente para a Conquista da Síria), que se unirá a outros combatentes rebeldes no país.

“Realmente não vemos qualquer razão para acreditar que suas ações ou seus objetivos sejam diferentes” a partir de agora, disse o porta-voz do departamento de Estado John Kirby.

“Ainda são considerados uma organização terrorista estrangeira”, assinalou Kirby. “Julgamos um grupo pelo que faz, e não por como se denomina”.

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Segundo analistas, a Al-Nosra quer renovar sua imagem e se defender diante da crescente pressão, após Moscou e Washington concordarem em aumentar seus esforços contra os grupos jihadistas na Síria.

Al-Nosra, que surgiu em janeiro de 2012, dez meses após o início dos protestos contra o regime de Bashar al-Assad, jurou lealdade à Al-Qaeda em 2013.


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