Impeachment
A estrela que não brilha1STU6130

Quando Dilma Rousseff colocar os pés no Senado na segunda-feira 29, ela usará de todas as estratégias para a defesa do seu mandato, por ora suspenso. Com eloquência pregará a tese de inocência, mas não será tarefa fácil.

No campo político, para muitos, o jogo está definido. Ao contrário do que afirmou Michel Temer em sua primeira reunião ministerial em maio, na quinta-feira 25 vários retratos de Dilma foram retirados das paredes do Palácio do Planalto, sobretudo no 3º e 4º andares, onde funcionam a Presidência da República, a Casa Civil e a Secretaria Geral de Governo.

Olhando para os astros, o momento também é pobre para a petista. Nativa de Sagitário (14/12/47) pisará no Congresso no dia em que a Lua Minguante em Leão estará entrando em conjunção a Saturno e Plutão. Segundo a astróloga Susie Verde, a quem a Coluna pediu um estudo a respeito dos acontecimentos celestiais que cercam Dilma, “tudo indica o final de um ciclo”.

De seu consultório nos EUA, explica: “estamos em uma fase chamada de sombra de Mercúrio retrógado, o que sugere muita confusão no ar. Não será decisão fácil e haverá muita discussão. A presidente afastada conta com o apoio do seu bloco, de que poderá suportar o grave momento. Porém, está fragilizada e sob forte tensão. Tudo indica que este processo poderá ser mais difícil do que se imagina, na medida em que o jogo se desenrola”.

Além do mais, diz Susie, no dia 1º de setembro, “e já com influência agora”, haverá um eclipse de Lua Nova perto de Marte, em sua casa 12. “Dilma Rousseff deverá sofrer um golpe de seus inimigos. As traições significativas virão em função de grandes interesses políticos”.

Em outras palavras, por mais que a presidenta afastada se esforce, tanto na terra quanto no céu, parece tudo caminhar para a sua saída definitiva do cargo.

Se Dilma vai virar uma estrela um dia na história política do País, ninguém sabe, mas a que traz no peito, a do PT, já perdeu o brilho. Independente de ser – como parece – condenada no julgamento do Senado.

Marketing
Nas nuvens

O site da TAM/Multiplus tem irritado passageiros por travar na hora da compra de um bilhete. Exibe preço acima ou exige mais milhas. Quem liga é obrigado a pagar R$ 60,00, se fechar o negócio. O Ministério da Justiça recebeu muitas queixas contra a prática. Um leitor escreveu o seu drama: “no último dia 18, queria ir de SP para Brasília. A pedida inicial, de 6 mil milhas, bateu 27 mil.” Para alguns passageiros, os serviços on-line pioraram após a TAM virar LATAM.

Eleições 2016
Sem saída

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As últimas pesquisas divulgadas indicam dificuldades para o PT nas eleições para prefeito, em outubro. Lideram Celso Russomano (SP), Marcelo Crivella (RJ) e João Leite (BH). “A derrocada será geral”, afirma Ricardo Guedes, do instituto Sensus. “A militância do PT se ajustou a padrões de estabilidade burocrática, virada para o consumo individual e sem mensagem”.  Com Dilma Rousseff condenada, Guedes prevê que o PT rachará em dois.

Estatais
Vôo raso

Nomeado por Temer, Antônio Claret promove mudanças na Infraero, que cuida dos aeroportos. A destituição da chefia do Departamento Jurídico veio seguida da designação do assessor especial da presidência (Andrés Unda), para zelar pela área. Aos advogados da estatal foi pedido, por email, que mostrem sua tese de mestrado. Eles estão ressabiados. Afinal, Claret dirigiu a Sociedade Mineira de Silvicultura e Unda e é engenheiro químico especializado em corrosão.

Legislativo
Rede livre

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Prevaleceu a democracia. Na quarta-feira 24, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara de Deputados rejeitou o projeto de lei que obriga a remoção de links dos mecanismos de busca na internet “que façam referência a dados irrelevantes ou defasados sobre o envolvido”. O “descartável” ou “obsoleto” seria objeto de regulamentação posterior. O veto da semana passada se deu com o ocaso político do autor da matéria: ninguém menos que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (foto). Em áureos tempos, ele defendia a proposta por sua “importante demanda social”.

Infraestrutura
Câmbio forte

A Abdib fez um plano para a indústria de transformação recuperar a competitividade e a participação no PIB – era 20% nos anos 80 e está em uns 10%. O estudo circula entre empresários de um comitê da entidade, com uma análise teórica dos pressupostos que nortearam as ações do passado, avaliação das políticas públicas para o setor e medidas para a área. Um dos pleitos é para conter a volatilidade e a apreciação do real.

Política
Nos bastidores

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Com o seu nome no placar de indecisos na votação do impeachment, Otto Alencar (PSD-BA) tem na política baiana uma das razões do mistério que o cerca. O PT está afinado com o senador em várias disputas locais, em outubro. O silêncio mineiro é estratégia. A meta de Alencar é conquistar cerca de 100 prefeituras agora – e se fortalecer para o pleito de 2018.

STF
Curto e rápido

Ninguém duvida da importância do STF. Está aí o ministro Ricardo Lewandovski conduzindo o julgamento de Dilma Rousseff no Senado. Mas a Corte poderia repensar aspectos de seu funcionamento. São comuns as viagens de advogados a Brasília, para atuar em ações de clientes, e o caso não ser julgado, apesar de constar na pauta. Isso gera frustração e despesa. Ministros também poderiam encurtar caminho. Na ação em que se decidiu se era legal proibir certas tatuagens a candidatos a cargos públicos, o voto de uma Excia tinha 34 páginas. Síntese, por favor.

Educação Física
Com os técnicos

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Os medalhistas olímpicos Arthur Zanetti e Rafaela Silva (foto) farão parte da campanha publicitária do Conselho Federal de Educação Física que tem como objetivo homenagear o profissional responsável pela orientação e formação dos grandes atletas. Eles estarão ao lado dos seus respectivos técnicos Marcos Goto e Geraldo Bernardes na ação que celebra o dia do profissional de Educação Física, data comemorada em 1º de setembro. A ideia da campanha é mostrar que o profissional não faz apenas vencedores no esporte, mas também ajuda a fazer vencedores na vida.

Energia
Fonte alternativa

ENERGIA-EOLICA

O parque eólico da Honda em Xangri-Lá (RS) vai gerar uma energia equivalente ao consumo do prédio administrativo no Morumbi (SP), com 26 mil m², a partir de novembro. Ou seja, 1.630 vezes a demanda média de uma residência.

Fotos: Roberto Stuckert Filho/PR; Lula Marques/Agência PT; Patrick Grosner; Marcio Rodrigues/MPIX/CBJ