A estilista italiana Laura Biagiotti, considerada a “rainha do cashmere” pelo jornal New York Times, morreu nesta sexta-feira, aos 73 anos, vítima de uma parada cardíaca na quarta-feira.

“Obrigado por tudo minha querida mamãe, para sempre juntas”, escreveu no Twitter sua filha Lavinia, vice-presidente do Grupo Biagiotti.

O óbito aconteceu durante a madrugada, depois que os médicos declararam a morte cerebral na quinta-feira à noite, informou a agência de notícias AGI.

Biagiotti, uma das primeiras estilistas a apresentar, há quase 30 anos, suas coleções na China, também estava entre os ícones da moda italiana que conquistaram a ex-União Soviética com um desfile memorável no Grande Teatro do Kremlin em Moscou.

Em uma entrevista em 2015, quando completou 50 anos de carreira, Biagiotti declarou que graças a tais experiências conseguiu entender o poder que a moda tem na mudança das sociedades.

“Na China, em 1988, sentimos que depois de tantos anos com todos vestidos de maneira igual, homens e mulheres, eles queriam expressar sua própria individualidade”, explicou ao jornal Il Sole 24 Ore.

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Na entrevista ela também ressaltou o impacto positivo da internet e das redes sociais para a comunicação e a criatividade.

A estilista iniciou a carreira em Roma em 1965 ao lado da mãe, Delia. As duas trabalharam com grandes empresas, como Alitalia, Roberto Capucci, Rocco Barocco.

Em 1972 apresentou em Florença a primeira coleção da empresa “Laura Biagiotti”. Ao lado dos estilistas Gianfranco Ferrè e Ottavio Missoni se mudou para Milão, o que contribuiu para transformar a capital econômica da Itália em um dos grandes centros mundiais da moda.

Desde 1980 morava em um castelo do século XI perto de Roma.

Laura Biagiotti financiou a restauração de muitos edifícios históricos na Itália e a cada ano sua marca lança novas coleções de roupas e acessórios.

O Grupo Biagiotti se orgulha de utilizar quase 50.000 quilos de cashmere por ano em suas peças elegantes.


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