21/06/2017 - 9:40
Seja um jovem recém-formado de classe média ou um alto executivo, o desejo de tentar a vida fora de um país em crise e repleto de escândalos políticos passa pela cabeça de muitos brasileiros. E, quanto melhor a formação, mais oportunidades serão encontradas, afirmam profissionais de recursos humanos.
“A saída definitiva do Brasil acontece muito mais para aqueles profissionais que já atuavam em níveis hierárquicos mais altos do que para quem atuava em posições operacionais”, explica o presidente da empresa especializada em recrutamento e seleção de profissionais Curriculum, Marcelo Abrilei.
Para a sócia da consultoria suíça Egon Zehnder, Ângela Pêgas, executivos e empresários acabam tendo mais possibilidades no momento de se fixar em outro país. “Quem tem dinheiro compra um imóvel ou consegue um visto de investidor para fazer a migração”, diz. ” Essa migração que vimos nesse tempo de crise é de gente qualificada, que poderia contribuir muito com o Brasil, mas opta por fazer a vida lá fora.”
Para João Marques da Fonseca, presidente da Emdoc, uma consultoria jurídica de imigração, boa parte dos brasileiros que foram embora “para sempre” devem voltar ao Brasil no médio prazo. “São pessoas que saem com muito otimismo, mas nem sempre encontram o resultado que buscam. Às vezes, seguem o embalo de amigos próximos que foram e vivem bem, mas essa aposta não dá tão certo para todo mundo.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.