Criador de uma inédita técnica autoral, o fotógrafo francês Jean-François Rauzier utiliza fragmentos de milhares de seus cliques para compor o que chama de hiperfotografia, uma espécie de escultura bidimensional. Para a exposição “Hiperfoto-Salvador”, que ocupa o Museu de Arte Moderna da Bahia desde a semana passada, Rauzier tirou mais de 70 mil fotos da capital baiana. O resultado aparece em 19 imagens que dialogam com o cubismo, o surrealismo e o barroco, alterando a arquitetura e a paisagem para criar uma espécie de cidade imaginária e futurista.