O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, partiu neste domingo para a Tanzânia, primeira etapa de uma viagem pela África do Leste em que tratará sobre as atividades do doutrinador Fethullah Gülen, a quem acusa de ter planejado o golpe de Estado fracassado em julho.

“Vamos expor as atividades da Feto em países africanos como Tanzânia, Moçambique e outros”, declarou Erdogan em uma coletiva de imprensa no aeroporto de Istambul.

No jargão das autoridades turcas, o acrônimo Feto é usado para “Organização Terrorista de Partidários de Fethullah”, como é chamado o movimento do doutrinador, que está à frente de uma ampla rede de escolas, empresas e ONGs, principalmente em países africanos.

“Falaremos com nossos homólogos sobre nossas expectativas em relação à luta contra a Feto”, acrescentou Erdogan, que também visitará Moçambique e Madagascar em seu périplo, que acontecerá entre 22 e 26 de janeiro.

Gülen, exilado nos Estados Unidos desde o final dos anos 1990, afirma que seu movimento é pacífico e nega qualquer implicação na intentona golpista de 15 de julho contra Erdogan, seu antigo aliado.

Após o golpe de Estado fracassado, o governo turco prendeu mais 43.000 pessoas, incluindo docentes, policiais e magistrados.