Uma campanha solidária para ajudar um imigrante árabe a ter seu próprio Food Truck está mobilizando cariocas nas redes sociais desde a última quarta, 9.

O refugiado Mohamed Ali, que trabalha vendendo esfihas em Copacabana, na zona sul do Rio, foi alvo de intolerância na última semana, quando seus pertences foram jogados no chão. Alguns homens o mandaram “sair do Brasil”, “voltar para o seu país” e até o xingaram de “homem-bomba”.

O caso foi transmitido na televisão e rapidamente se espalhou pelas redes sociais. A cena de ódio despertou a solidariedade de muitos, como o empresário Guilherme Benedictis, que resolveu botar a mão na massa para ajudar Mohamed, imigrante filho de mãe síria e pai egípcio que mora no Brasil há três anos.

Ele conheceu Mohamed pelas redes sociais após ver o vídeo da agressão. “Comentei que gostaria de ajudar, pois trabalho com eventos gastronômicos”, disse. Fizeram uma campanha para que os dois se encontrassem, o que ocorreu no início dessa semana.

Após a conversa, Benedictis e seu amigo Éverson Martins decidiram criar um evento no Facebook chamado “Comer esfiha na barraca do Mohamed”. Mais de 10 mil confirmaram presença e 30 mil disseram se interessar pela publicação. “O evento é uma forma de todos poderem dar um abraço no Mohamed e provar suas delícias”, diz. “Ele é uma ótima pessoa e merece receber esse carinho”.

Depois, Guilherme decidiu organizar uma “vaquinha” online com o objetivo de arrecadar R$ 20 mil para que Mohamed compre seu próprio Food Truck. A vaquinha surgiu após a conversa entre os dois, quando ele ouviu a história do imigrante, que é casado com uma brasileira e tem um filho. “Quando ele disse que o sonho dele é ter um Food Truck, seus olhos encheram de lágrima”, conta Benedictis. “Após isso, não pensei duas vezes: procurei um site confiável e criei a campanha de surpresa para ele”.

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A campanha começou em 9 de agosto e encerra em 10 de setembro. Até as 21 horas desta quinta, a vaquinha já tinha conseguido R$ 1.070 para Mohamed.


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