O endividamento da Embraer atingiu R$ 13,934 bilhões ao final de junho, uma alta de 2,5% em relação aos R$ 13,585 bilhões registrados em março. A companhia encerrou o segundo trimestre do ano com um caixa total de R$ 11,745 bilhões, o que implica numa posição de dívida líquida de R$ 2,188 bilhões, menor que os R$ 2,553 bilhões anotados no trimestre anterior.

Ao final do primeiro semestre deste ano as dívidas de curto prazo somavam R$ 1,006 bilhão (7%), enquanto o endividamento de longo prazo totalizava R$ 12,927 bilhões (93%). O prazo médio do endividamento recuou de 6,3 anos no fim de março para 6,2 anos. A relação do Ebitda nos últimos 12 meses ante as despesas sobre os juros subiu de 2,12 vezes no fim do primeiro trimestre para 3,46 no término do segundo trimestre.

A Embraer explica que o aumento na dívida de longo prazo está relacionado à variação cambial ocorrida no período. O custo da dívida em dólar ao final do segundo trimestre era de 5,13% ao ano, estável em relação ao final do primeiro trimestre. Já o custo da dívida em reais caiu de 4,51% a.a., ao final de março, para 4,45% a.a. em junho.

Ao final de junho, 18% da dívida total era denominada em reais, ante 19% no encerramento de 2016. A Embraer reforça que a estratégia de alocação de caixa da companhia continua sendo uma das principais ferramentas para a mitigação do risco cambial. Ajustando a alocação do caixa em ativos denominados em reais ou dólares, a empresa tenta neutralizar sua exposição cambial. Ao final do segundo trimestre, o caixa alocado em ativos denominados em dólares era de 73%.

Para 2017, cerca de 45% da exposição em real está protegida caso o dólar se desvalorize abaixo de R$ 3,40. “Para taxas de câmbio acima deste nível, a empresa se beneficiará até um limite médio de R$ 3,76 por dólar”, diz a Embraer. A empresa acrescenta que para 2018 já levantou mais de 80% do seu hedge “zero cost collar”, com um piso médio de R$ 3,32 e um teto médio de R$ 3,75.