As companhias aéreas vão precisar de 637 mil novos pilotos nos próximos 20 anos para atender ao ritmo de crescimento do tráfego aéreo mundial – informou a empresa Boeing em um relatório anual divulgado nesta terça-feira (25).

Esse número representa um aumento de 3,6% em relação ao informe do ano passado.

Somente com as companhias da região da Ásia-Pacífico a demanda chegará a 253 mil pilotos, um terço do total global, aponta esse informe preparado pela divisão de serviços globais da empresa americana.

Na América do Norte, esse número chega a 117 mil novos pilotos e, para a Europa, 106 mil entre 2017 e 2036.

Já a necessidade de mais pessoal técnico para a manutenção das aeronaves caiu 4,6% em relação ao ano passado, a 648 mil. Um dos motivos é a redução nas horas de manutenção exigidas pelo Boeing 737 MAX.

Em relação ao pessoal de cabine, a Boeing considerou que serão necessários 839 mil novos profissionais até 2036, incluindo 308 mil na Ásia-Pacífico, 173 mil na Europa, 154 mil na América do Norte e 96 mil no Oriente Médio.

Um estudo publicado no mês passado pela CAE, empresa especializada no treinamento para a Aviação Civil, calculou que as companhias aéreas devem ter uma demanda de 255 mil novos pilotos para a próxima década.

Muitos especialistas têm advertido para a ameaça de escassez de pilotos nas empresas do setor.