Vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o Batatais passa por apuros financeiros que quase resultaram em um W.O. contra o time e criaram uma situação constrangedora na última quarta-feira. Por falta de pagamento da diária, os jogadores ficaram presos no hotel horas antes da partida contra o Taubaté, pela quinta rodada da Série A2 do Campeonato Paulista – a segunda divisão estadual.

A equipe se concentrou em São José dos Campos (SP) para o jogo, mas, quando o grupo se preparava para deixar o local rumo ao estádio Joaquim de Moraes Filho, em Taubaté (SP), foi avisado que não poderia sair até que a conta fosse paga.

O Batatais pagou R$ 640 adiantados e mais R$ 3 mil deveriam ser acertados na saída. “A gente ia passar um cartão de crédito, mas deu como inválido. Tivemos um problema e solucionamos. Era coisa de R$ 3 mil e um clube da Série A2 do Paulista não pode passar vergonha por causa de um valor desse, né? Vamos tomar providências contra o hotel”, disse o presidente do clube, André Toffetti, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Após muita discussão, o clube fez um depósito direto na conta do hotel e conseguiu a liberação dos jogadores, horas antes de iniciar a partida. Mesmo abalados, eles se superaram e venceram de virada o Taubaté por 2 a 1. O resultado colocou o time na zona de classificação às semifinais da competição.

O Batatais deveria ter pago no último dia 10 o salário dos atletas, mas até o momento nada foi depositado. Irritados, os jogadores ameaçaram não entrar em campo contra o Taubaté, mas decidiram jogar depois da promessa de que tudo seria sanado nesta quinta-feira – o que não ocorreu. “Seria ruim para eles fazerem isso (perderem por W.O.). Se for acontecer algo, vamos tomar as medidas judiciais para evitar problemas”, disse o dirigente, que pedirá ajuda de empresários e políticos da região para conseguir quitar os débitos. A folha salarial é de R$ 75 mil.

Toffetti diz que o problema se dá pelo fato de a cota de TV paga pela FPF estar bloqueada pela Justiça, em decorrência de dívidas trabalhistas. “Entrei com mandato de segurança para tentar desbloquear”. O valor “preso” é de R$ 520 mil.