Com ampla vitória em quatro dos seis estados americanos que realizaram prévias eleitorais na terça-feira 7, Hillary Clinton está na antessala do gabinete presidencial da Casa Branca, pelo Partido Democrata, como a primeira mulher que poderá se tornar a maior mandatária dos EUA – e, claro, do planeta. Hillary obteve na cobiçada Califórnia, estado americano com maior número de delegados democratas, 56% das indicações. Em Nova Jersey ela fechou com nada menos que 63%. Para chegar à presidência e ingressar na história como dona do mais significativo pioneirismo político do país,  Hillary precisará derrotar, em novembro, o seu adversário republicano, o nada fácil bilionário Donald Trump. Antes disso, porém, tem outro embate sério pela frente: unir o seu partido e evitar que os milhões de democratas que apoiavam a candidatura de Bernie Sanders a boicotem na reta final. Nada diferente da situação que também incomoda Trump: ele será o candidato republicano, mas há conservadores que não pretendem dar-lhe o voto porque discordam de seu extremismo e de sua xenofobia, beligerância e megalomania. Nunca na história americana dois candidatos chegaram ao topo das indicações de delegados vendo seus partidos tão divididos. Na quinta-feira, Hillary ganhou o melhor de todos os articuladores para a pacificação de sua legenda: ninguém menos que o próprio presidente Barack Obama.


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